Estudantes
da Universidade Federal Rural do Amazonas (Ufra) foram denunciados por
quatro alunas da mesma instituição por insinuarem, através de um grupo
em aplicativo de mensagens, que iriam cometer abusos sexuais na
instituição.
A
Polícia Civil do Pará foi procurada na terça-feira (7), a denúncia
foi registrada na Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos
(DPRCT). Segundo a Polícia, as meninas levaram apenas "prints" das
conversas e, para o andamento das investigações, o delegado pediu para
que levassem os aparelhos celulares.
De
acordo com relatos, os jovens combinavam no grupo quando seriam os
assédios e quais seriam as vítimas. O histórico das conversas vazou nas
redes sociais e causou revolta. As mensagens possuíam teor machista e
faziam incitação ao estupro, além disso, fotos de alunas nuas também
eram compartilhadas. Estudantes de vários cursos da Ufra participavam do
grupo.
Nos
prints de conversas vazadas é possível ver relatos como “Bora logo
meter o estupro” e “Come ela por todos nós”. Outra pessoa fala “Estupro
não. Sexo surpresa”. Em outros comentários é possível ler frases de teor
racista como “Aí depois me perguntam por que não gosto de preto” e “Tô
querendo comprar um anão. Acho que branco deve tá caro. Um negro deve
ser mais barato”.
A
Universidade afirmou em nota que repudia ações de apologia a crimes
feitas por meio de aplicativos de celular, pelos quais incorrem em
comentários de cunho capcioso, ilegal e indignos à pessoa humana, além
de apresentarem-se inadequados ao ambiente acadêmico. A nota diz que não
cabe a Universidade controlar conteúdos exauridos por alunos em
aparelhos telefônicos pessoais, mesmo não compactuando com tais
conteúdos.
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