Os senadores aprovaram ontem quarta-feira (8) projeto que proíbe
companhias aéreas de cobrarem valor adicional pela marcação antecipada
de assentos. A proposta coíbe práticas consideradas abusivas e garante a
gratuidade na marcação de assentos para os voos ocorridos no território
brasileiro. Como é originário do Senado, o projeto precisa ser aprovado
também pelos deputados antes de ir para sanção presidencial e se tornar
lei.
A proposta do Senado ocorre após recente anúncio de empresas aéreas
sobre cobrança pela marcação prévia de assentos em seus voos. O projeto
de lei foi apresentada neste ano pelo senador Reguffe (sem partido-DF),
que criticou a medida das aéreas e disse que os consumidores brasileiros
ficaram “apreensivos com mais essa prática abusiva”.
O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do
Consumidor (Senacon), avaliou que a cobrança para marcação dos assentos
do vôo não configura ilegalidade. As empresas aéreas já cobravam por
bagagens despachadas, amparadas pela Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), que autorizou em 2016 a cobrança desse valor extra dos
viajantes.
“Não podemos permitir que tal abuso se concretize. Importante
esclarecer que o ato de ‘marcar o assento’ nada mais é que a
consequência natural e óbvia da própria compra da passagem aérea pelo
consumidor. Nesse sentido, ao adquirir uma passagem aérea, a pessoa
passa a ter o direito de ser transportado, em segurança, do local de
origem ao destino, conforme contratado”, justificou o parlamentar, ao
sugerir o projeto que impede a cobrança pelo assento.
No plenário, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu a aprovação do
texto. “Desde fevereiro, estamos travando uma batalha. O consumidor,
aquele que compra a passagem aérea, está tendo que pagar até R$15 para
marcar assento. A Anac, notificada, disse que não tem nada contra, quer
inclusive ajudar o consumidor, mas disse que essa matéria não está
regulamentada. Portanto, o que a Anac disse? Que o Congresso Nacional
pode regulamentar”, afirmou.
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