A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (9) a Operação Fada
Madrinha, com o objetivo de repreender o tráfico internacional de
pessoas e o trabalho escravo.
A investigação, que conta com apoio do Ministério Público do Trabalho
e do Ministério Público Federal, teve início em 2017, após denúncias de
que transexuais estariam sendo aliciadas, por meio de redes sociais,
com promessa de procedimentos cirúrgicos para transformação facial e
corporal e participação em concursos de beleza na Itália.
De acordo com a PF, as vítimas consideradas “mais bonitas e
promissoras” foram enviadas àquele país, onde contraíam dívidas para
participar de concursos e acabavam se tornando vítimas de exploração
sexual pelos criminosos.
O grupo atuava em Franca (SP) e, ao longo das investigações, a
Polícia Federal descobriu esquema semelhante operado em Goiás e Minas
Gerais. Também encontraram uma "parceria comercial entre os
investigados, mediante intercâmbio de vítimas”.
Para cumprir cinco mandados de prisão preventiva e oito de busca e
apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Franca – nas cidades de São
Paulo (SP), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Jataí (GO), Rio
Verde (GO) e Leopoldina (MG), além de Franca – foram escalados 52
policiais federais.
Em nota, a polícia informou que os investigados poderão responder
pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, redução à condição
análoga à de escravo, associação criminosa, rufianismo e exercício
ilegal da medicina.
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