O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais, que
mede a demanda interna no setor, recuou 0,6% em agosto, na comparação
com o mês anterior. O indicador é definido como a produção industrial
doméstica, descontadas as exportações e acrescidas as importações.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
o resultado foi puxado pelos segmentos bens de capital (-7,6%) e bens
de consumo semi e não duráveis (-1%). Entre os componentes do consumo
aparente, enquanto a produção interna (excluídas as exportações) caiu
0,8%, as importações de bens industriais cresceram 1,1%.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais
cresceu 3,7%. Na variação acumulada em 12 meses, a demanda mostra
crescimento mais intenso (5,5%) que o apresentado pela produção
industrial (3,1%).
Em relação ao mês anterior, a queda de agosto foi bastante
disseminada entre as grandes categorias econômicas. O consumo aparente
de bens intermediários foi o único segmento a não apresentar recuo, com
pequena alta de 0,1%. Já na comparação interanual, o crescimento foi
generalizado, com destaque para o segmento bens de consumo duráveis
(21,6%).
Com relação às classes de produção, a demanda interna por bens da
indústria de transformação recuou 1,6% sobre o mês de julho deste ano,
ao contrário da extrativa mineral, que se recuperou da forte queda do
período anterior (-19,2%) e registrou alta de 29,9% em agosto. Apenas
oito segmentos avançaram, de um total de 22.
Segundo o Ipea, os principais destaques positivos do mês de agosto,
frente a julho, foram os segmentos farmoquímicos (2,9%) e veículos
(2,1%). Na comparação interanual, foi registrada variação positiva em 13
segmentos. Os destaques também ficaram por conta de veículos (19,6%) e
farmoquímicos (12,7%). Neste comparativo, a maior oscilação negativa
ocorreu em outros equipamentos de transporte, segmento que caiu 28,6%.
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