O governo do estado de São Paulo ampliou, desde o final de setembro, o
uso de fuzis por policiais militares. O armamento, que era de uso
permanente da corporação em operações específicas, será utilizado no
policiamento ostensivo e preventivo, segundo informou o governo
estadual. A medida traz novos elementos ao debate sobre segurança,
intenso nesse período eleitoral, sobre as soluções para diminuir a
violência no estado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, o
objetivo é aumentar ainda mais o poder de reação dos PMs e também a
percepção de segurança da população.
“Trata-se, portanto, de uma medida importante para a segurança
pública, pois permite fazer frente a criminosos que atuam em ocorrências
com grave risco de morte, como furtos e roubos a caixas eletrônicos e
transportadores de valores”, informou a secretaria. A pasta acrescentou
que sargentos, cabos e soldados habilitados poderão utilizar os fuzis,
de acordo com estudos e com a estratégia operacional de cada região.
Já o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Benedito Domingos
Mariano, relativizou a eficiência da medida. “Do ponto de vista da
diminuição da criminalidade, não vai ter efeito nenhum, eu acho que a
polícia de São Paulo é muito bem equipada”, avaliou. Para ele, o
armamento pesado se justifica apenas para ocorrências de enfrentamento
ao crime organizado, que são minoria entre as ocorrências que a PM
paulista enfrenta, e avalia que o armamento utilizado atualmente é
suficiente.
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