domingo, março 03, 2019

Mais usado na época do carnaval, MDMA combinado ao álcool é 'tiro no escuro', afirma especialista.

O MDMA, conhecido também apenas como "MD" é um "hit" no Carnaval. Conhecido como "a droga do amor", ele é um composto químico em formato cristalizado, componente da fórmula do ectasy. Sua ação estimulante aumenta a temperatura corporal e a sensibilidade ao toque, sintomas que podem aumentar na muvuca dos blocos, principalmente os que arrastam grandes aglomerações. O uso combinado ao álcool, mais comum em épocas de celebrações, é um tiro no escuro para usuários e médicos: não se sabe a composição exata da droga, o que complica atendimento em prontos-socorros. 

A psicóloga Silvia Brasiliano, Coordenadora do Programa Mulher Dependente Química da Universidade de São Paulo (USP), explica por que o uso do MDMA combinado ao álcool pode ser arriscado.
— O mais perigoso é sempre o uso em excesso. E, claro, a combinação com outras drogas. O MDMA tem um problema central que é comum a todas as drogas sintéticas: você não tem a menor ideia do que está ingerindo — diz a psicóloga. — O MDMA que se consome nas baladas é, em tese, uma combinação de alucinógeno e anfetamina, mas não se sabe em quais proporções. O alucinógeno não gera dependência, mas a anfetamina tem, sim, poder de causar.

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