Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que sofrem de esclerose
múltipla e fazem uso da substância betainterferona-1A subcutânea,
produzida pela empresa Merck, receberam em 2019 mais de 476 mil seringas
desse medicamento com embalagem do Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos da Fundação Instituto Oswaldo Cruz
(Bio-Manguinhos/Fiocruz).
A distribuição gratuita do remédio pelo SUS com embalagem de
Bio-Manguinhos é uma das etapas do processo de transferência de
tecnologia resultante da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo
(PDP), estabelecida pelo governo federal em 2015 pela Bio-Manguinhos,
Merck e Bionovis. Quando o acordo foi firmado, a estimativa de economia
aos cofres públicos era de R$27 milhões, em 7 anos.
A parceria prevê que o medicamento será totalmente produzido no
Brasil, a partir da transferência do princípio ativo da Merck para
Bio-Manguinhos e Bionovis, em prazo de dez anos, a partir da assinatura
do acordo, isto é, até 2025. Apesar de a betainterferona-1A continuar
sendo fabricada pela Merck sob o nome comercial Rebif, com destino ao
mercado privado, a distribuição para o SUS ocorre desde março deste ano
em nova embalagem.
Até o momento, o Ministério da Saúde entregou 68.520 seringas de 22
mcg (microgramas) de bateinterferona 1A e 407.636 seringas de 44 mcg. De
acordo com a vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosana
Cuber, a próxima entrega da medicação, vai depender da demanda. "O
ministério fica com esse medicamento em estoque".
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