As indefinições quanto às medidas necessárias para recuperação da
economia derrubaram a confiança do consumidor no último mês. Dados da
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que depois de alcançar a marca
dos 49,0 pontos em janeiro e fevereiro, o Indicador de Confiança do Consumidor fechou abril com 46,9 pontos — uma queda de 4,3% na
comparação com os dados do início do ano. Na comparação anual,
entretanto, a confiança se mantém em maior nível ante o mesmo período de
2018, quando o índice era de 42,0.
Na avaliação do atual cenário econômico, a percepção dos entrevistados continua ruim ou muito ruim: a maioria (61%) enxerga o momento da economia de forma negativa.
Apenas 7% acham que a situação é boa ou muito boa — um número baixo,
mas que representa uma melhora significativa quanto a abril do ano
passado, quando o percentual era de 2%. As principais razões apontadas são desemprego elevado (67%), aumento dos preços (60%), alta na taxa de juros (33%) e menor poder de compra do consumidor (18%).
Com relação à vida financeira, a percepção dos consumidores também é
negativa, embora um pouco melhor do que a avaliação da economia. Para 38% dos brasileiros sua situação é considerada ruim e
somente 13% disseram ser boa. Para os que têm uma visão pessimista, o
motivo mais citado (53%) é o alto custo de vida. O desemprego aparece em
segundo lugar (42%), ao passo que 26% culpam a queda da renda familiar.
A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima
de 50 pontos mostram uma percepção mais otimista do consumidor.
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