Atraso na fala, dificuldade de comunicação, falta de interação social
e de contato visual são características comuns do transtorno do
espectro do autismo perceptíveis já nos primeiros anos de vida.
Foi observando características semelhantes a essas que a professora
Michele Barros descobriu que o filho tem autismo. Logo cedo, a mãe
percebeu que o comportamento do pequeno Emanuel era diferente do das
crianças da creche onde ele entrou com 6 meses. Emanuel chegou aos 2
anos sem falar, não apontava objetos, nem a comida quando estava com
fome. Começou ter comportamentos repetitivos e não interagia com outras
crianças.
“Fui notando coisas que eram diferentes. Ele não gostava de ir a
lugar com barulho, ia a festas de aniversário e, na hora dos parabéns,
tampava os ouvidos e chorava. A professora começou a notar também que,
quando contava histórias, Emanuel estava andando, olhando para a parede,
não participava de nada e tinha muitas rotinas. Queria ficar só
acendendo e apagando a luz, abrindo e fechando a porta, não participava
[de atividades e brincadeiras] com as outras crianças.”
Michele Barros, então, procurou especialistas para tratar do filho.
Emanuel começou fazer vários tipos de terapia e, com pouco mais de um
ano de tratamento, teve bons resultados. Hoje, com 4 anos, ele já fala
frases, consegue demonstrar o que quer e brincar perto de outras
crianças. “São muitas terapias, é pesado, mas é gratificante. Vemos que
temos retorno do que estamos investindo.”
Na última terça-feira (18), Dia do Orgulho Autista, a Agência Brasil ouviu
a história de Michele Barros e de outras pessoas que lidam com o
transtorno para falar sobre o diagnóstico e o tratamento do autismo.
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