Um teste físico simples, teste da linguinha, que verifica se o bebê
recém-nascido tem ou não anquiloglossia - popularmente chamada de língua
presa - é alvo de disputa entre profissionais. De um lado, pediatras
acreditam que o exame físico feito após o parto é suficiente para
identificar a anquiloglossia e pedem a revogação da lei que tornou o
teste obrigatório. Do outro, fonoaudiólogos defendem uma capacitação
para que quem examine a criança esteja atento também a isto.
Hoje (20), considerado o Dia Nacional do Teste da Linguinha, faz
cinco anos que a Lei 13.002/2014, que torna o exame obrigatório, foi
aprovada no Brasil.
De acordo com a conselheira da Comissão de Saúde do Conselho Federal
de Fonoaudiologia, Mércia Quintino, cerca de 4% a 10,7% das crianças
nascem com a língua presa. “O diagnóstico deve ser feito o mais cedo
possível. A anquiloglossia leva a dificuldade na amamentação e, depois,
dificuldade de mastigar alimentos sólidos, que são um desafio maior”,
diz.
Mércia explica que o objetivo inicial é evitar o desmame precoce. “A
gente sabe que a amamentação é importante e que muitas mães não têm
condições de comprar leites industrializados. A fase da amamentação
parece simples, mas é um momento complicado para a família, tem que ter
todo o incentivo positivo para que dê certo”, disse.
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