O anúncio de que o jornalista Carlos Henrique Schroder, 53 anos, é o novo diretor-geral da TV Globo não surpreendeu os profissionais mais atentos aos movimentos da emissora. O gaúcho vinha sendo preparado desde 2008, fazendo cursos.
A notícia também não foi festejada. Não só porque ele substitui Octavio Florisbal, 72 anos, que é um gentleman. Em muitos setores da Globo, teme-se que Schroder imprima à sua gestão uma linha dura, aumentando o controle sobre programas, que poderão ficar mais caretas.
Schroder é um jornalista de bastidores, de gestão de equipes e produção. Sua habilidade política é apontada como a principal característica a fezê-lo sucessor de Florisbal.
Os maiores desafios de Schroder serão renovar a cúpula da Globo e impedir o declínio diante de uma concorrência mais forte, agressiva e fragmentada.
Embora se mantenha líder isolada, muito poucas vezes ameaçada, a Globo assistiu nos últimos anos a uma perda sem precedentes de pontos no Ibope _alguns migraram para a Record; outros, para a TV paga, para a internet e para o DVD. E, pela primeira vez, se viu sem um grande evento, a Olimpíada de Londres.
A renovação se faz necessária porque são raros hoje os profissionais com menos de 60 anos nos primeiro e segundo escalões da emissora. Vários têm mais de 70.
No primeiro escalão estão os diretores-gerais de áreas (jornalismo e esportes, comercialização, entretenimento e engenharia). No segundo, os diretores de centrais (jornalismo, esportes, produção, recursos artísticos, recursos humanos etc).
Nenhum comentário:
Postar um comentário