O TST (Tribunal Superior do Trabalho) estipulou nesta quarta-feira (19) que 40% dos funcionários em cada agência dos Correios devem manter as atividades durante a greve da categoria. Caso a determinação não seja cumprida, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares será multada em R$ 50 mil por dia.
A decisão será publicada no Diário Oficial da Justiça de amanhã (20). A federação manifestou insatisfação em relação à decisão da ministra Maria Cristina Peduzzi, que conduziu a audiência de conciliação hoje entre as partes, que acabou sem acordo. Segundo Maria Cristina, foi considerada a proximidade do período eleitoral e a necessidade de manutenção dos serviços.
De acordo com a Fentect, a maioria dos funcionários aderiram à paralisação, o equivalente a 117 mil dos 120 mil empregados. Segundo os Correios, apenas 9% dos trabalhadores aderiram. Dos 35 sindicatos filiados à federação, 25 estão parados. Com a decisão do TST, devem trabalhar, no mínimo, 48 mil funcionários.
Na audiência de conciliação, a ministra Cristina Peduzzi propôs reajuste salarial de 5,2%, aumento linear de R$ 80, pagamento de bonificação no final de ano em parcela única de R$ 575 e a negociação conjunta das demais questões reivindicadas pelos trabalhadores.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) rejeitou o aumento linear de R$ 80, argumentando impacto de cerca de R$ 950 milhões.
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