População sofre com as agências fechadas desde o último dia 19 em todo o estado
Depois das greves dos bancários e dos
Correios iniciadas na semana passada, Salvador pode enfrentar mais uma
paralisação, essa um pouco inusitada. A capital baiana pode ficar um dia
sem acarajé. As baianas podem usar da paralisação para reivindicar
soluções para o impasse que as mantêm fora das praias de Salvador, desde
2010.
A ideia foi da vereadora Fabíola Mansur
(PSB), durante a audiência pública realizada na quinta (19), na Câmara
Municipal, para debater a situação. A ideia empolgou a categoria e,
principalmente, a presidente da Associação de Baianas de Acarajé e
Mingau (Abam), Rita Santos.
Mesmo com a promessa do prefeito ACM
Neto de que o tema terá a atenção da administração municipal, as baianas
não estão confiantes, pois o projeto da prefeitura é colocá-las nas
novas calçadas da orla requalificada e não na areia. “Não acreditamos
que haverá tanta calçada assim nas praias. São 550 baianas que esperam
pela resolução do problema. Além disso, se trata de uma proibição de um
juiz federal, o que não pode ser decidido a nível municipal”,
acrescentou. Rita Souza acredita que a situação não será resolvida sem
uma atitude mais drástica da categoria.
Outra preocupação externada pela maioria
dos participantes da audiência pública da última quinta-feira diz
respeito à portaria que vai ser publicada em breve pela Prefeitura de
Salvador por meio da Secretaria de Ordem Pública. Segundo Rita Santos, a
portaria vai exigir às baianas, para elas renovarem as licenças para
comercialização de produtos nas ruas, praças e praias, que apresentem
uma certidão negativa de débito de tributos mobiliário. “Mais uma
novidade que vem para dificultar nossas vidas. Muitas baianas vivem em
invasões e ou de favor em casas de familiares”, conta.
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