Usar a camisinha na primeira relação sexual aumenta em três
vezes as chances de uma pessoa utilizar a proteção ao longo da vida. O
resultado foi encontrado no estudo mundial Durex Global Face of Sex,
divulgado ontem segunda-feira (23) durante o 21º Congresso da Associação
Mundial de Saúde Sexual, que acontece em Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul.
A pesquisa, realizada em 37 países, incluindo o Brasil, ouviu 30 mil pessoas, entre 18 e 64 anos, para entender seu comportamento sexual no que se refere à importância da orientação e educação sobre o tema na infância e adolescência. O objetivo era descobrir as particularidades de cada país em relação ao assunto e também avaliar se a utilização da camisinha na primeira relação poderia impactar o decorrer da vida sexual do indivíduo.
A pesquisa, realizada em 37 países, incluindo o Brasil, ouviu 30 mil pessoas, entre 18 e 64 anos, para entender seu comportamento sexual no que se refere à importância da orientação e educação sobre o tema na infância e adolescência. O objetivo era descobrir as particularidades de cada país em relação ao assunto e também avaliar se a utilização da camisinha na primeira relação poderia impactar o decorrer da vida sexual do indivíduo.
No Brasil, 1004 pessoas foram ouvidas, entre homens (54%) e mulheres
(46%). Além de ser o país com maior índice de pessoas que afirmaram ter
usado a camisinha na sua primeira relação sexual, chegando a 66% dos
entrevistados, os brasileiros também já começam a educação sexual nas
escolas mais cedo, antes dos 13 anos.
Em média, crianças e adolescentes de outros países têm acesso a
informações sobre sexualidade aos 14 anos. Na Índia, por exemplo, a
educação sexual só começa em torno dos 16 anos.
"Não adianta começar a educação sexual depois que a iniciação já
aconteceu. O ideal é preparar o jovem para a vida sexual saudável.
Estudos mostram que as pessoas que iniciam a vida sexual com educação
são mais seletivas e sofrem menos influência do parceiro e de
terceiros", explica a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa
de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário