A juventude brasileira está iniciando a
vida sexual sem usar camisinha. Foi o que revelou a segunda edição do
projeto Este Jovem Brasileiro, que entrevistou quase seis mil estudantes
de 64 escolas brasileiras de todo o país, com idades entre 12 e 17
anos. O estudo mostrou que 71% dos adolescentes não usaram preservativo
na primeira relação sexual e que apenas 54% desses jovens fazem uso
habitual de proteção durante o sexo.
Na primeira edição da pesquisa,
realizada em 2006, os dados mostraram uma juventude mais cautelosa, onde
78% dos entrevistados usaram camisinha na primeira vez e 61% deles
faziam uso habitual do preservativo.
Para o presidente da secção local da
Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST),
Roberto Fontes, o quadro de despreocupação está pautado em dois fatos: a
redução das campanhas de conscientização do uso do preservativo e os
avanços no combate ao HIV que terminaram causando uma repercussão
negativa nesse público, que deixou de ver a Aids com temor e esqueceu
que existem outras doenças sexuais graves.
“A adesão ao preservativo no Brasil
nunca foi muito grande e não ampliou nesses últimos anos, permitindo
que diversas doenças, inclusive a Aids, crescesse e ficasse mais
perigosa entre os públicos considerados mais vulneráveis”, explica o
médico.
Nesse final de semana, inclusive, a
Bahia e Salvador deram início a uma campanha que pretende alertar para a
importância da detecção precoce de uma DST que parecia superada: a
sífilis. A campanha tem como principal foco as gestantes e seus
parceiros.
“O teste está disponível nas unidades de
saúde da atenção básica e nos centros de referência de DST/Aids”,
lembra Fontes, destacando que na próxima quarta, dia 30, haverá uma
série de atividades voltadas para o combate da doença no Hospital Geral
João Batista Caribé, Subúrbio Ferroviário.
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