segunda-feira, outubro 28, 2013

Adolescentes desprezam o uso de preservativos em relações sexuais.

A juventude brasileira está iniciando a vida sexual sem usar camisinha. Foi o que revelou a segunda edição do projeto Este Jovem Brasileiro, que entrevistou quase seis mil estudantes de 64 escolas brasileiras de todo o país, com idades entre 12 e 17 anos. O estudo mostrou que 71% dos adolescentes não usaram preservativo na primeira relação sexual e que apenas 54% desses jovens fazem uso habitual de proteção durante o sexo.

Na primeira edição da pesquisa, realizada em 2006, os dados mostraram uma juventude mais cautelosa, onde 78% dos entrevistados usaram camisinha na primeira vez e 61% deles faziam uso habitual do preservativo.

Para o presidente da secção local da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), Roberto Fontes, o quadro de despreocupação está pautado em dois fatos: a redução das campanhas de conscientização do uso do preservativo e os avanços no combate ao HIV que terminaram causando uma repercussão negativa nesse público, que deixou de ver a Aids com temor e esqueceu que existem outras doenças sexuais graves.

“A adesão ao preservativo no Brasil nunca foi muito grande e não ampliou nesses últimos anos, permitindo que  diversas doenças, inclusive a Aids, crescesse e ficasse mais perigosa entre os públicos considerados mais vulneráveis”, explica o médico.

Nesse final de semana, inclusive, a Bahia e Salvador deram início a uma campanha que pretende alertar para a importância da detecção precoce de uma DST que parecia superada: a sífilis. A campanha tem como principal foco as gestantes e seus parceiros.

“O teste está disponível nas unidades de saúde da atenção básica e nos centros de referência de DST/Aids”, lembra Fontes, destacando que na próxima quarta, dia 30, haverá uma série de atividades voltadas para o combate da doença no Hospital Geral João Batista Caribé, Subúrbio Ferroviário.

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