Uma atividade para alunos do 5º ano do ensino fundamental causou
repercussão nas redes sociais ao propor que as crianças diferenciassem
preferências de homens e mulheres. A questão foi aplicada em uma escola
particular de Natal
e questionada pela tia de uma das alunas. Mestre em psicologia escolar,
Soraya Souza compartilhou o exercício em sua página no Facebook
afirmando que a atividade impõe padrões. O exercício está em um livro de
ciências da Editora Positivo, que nega o favorecimento de estereótipos
na atividade, mas confirma que o material será mudado para 2014.
A questão pede que os alunos observem os itens sugeridos e, com base
neles, respondam quais os meninos e meninas têm mais afinidade. Nas
opções estão ações como "usar brinco", "lavar louça", "cuspir no chão",
"usar biquini e sutiã", "jogar futebol", entre outras. Os alunos devem
ligar os itens a duas opções: "meninos podem fazer" e "meninas podem
fazer".
Soraya Souza, que teve a postagem compartilhada por quase seis mil pessoas, explica que tomou conhecimento da atividade depois que a própria sobrinha, de 11 anos, procurou a mãe perguntando sobre a questão. "Minha irmã ficou indignada. A menina disse que não marcou sutiã para os meninos porque normalmente eles não têm mamas grandes. Ela entende com todas aquelas coisas poderiam ser feitas, mas queria saber porque o livro explicava daquela forma", explica.
Para a mestre em psicologia escolar, a atividade é restritiva. "É feita uma comparação de gênero com base no sexo biológico. O que identifica uma pessoa como homem e mulher é ela quem vai dizer, e não o que ela pode ou não fazer. Vivemos em um país com índices elevados de violência contra a mulher e homossexual e onde mãe solteira é mal julgada pela sociedade. Está sendo reproduzido um estereótipo de gênero e isso é perigoso, pois é reportado na cabeça de quem já pensa assim", critica.
Soraya Souza, que teve a postagem compartilhada por quase seis mil pessoas, explica que tomou conhecimento da atividade depois que a própria sobrinha, de 11 anos, procurou a mãe perguntando sobre a questão. "Minha irmã ficou indignada. A menina disse que não marcou sutiã para os meninos porque normalmente eles não têm mamas grandes. Ela entende com todas aquelas coisas poderiam ser feitas, mas queria saber porque o livro explicava daquela forma", explica.
Para a mestre em psicologia escolar, a atividade é restritiva. "É feita uma comparação de gênero com base no sexo biológico. O que identifica uma pessoa como homem e mulher é ela quem vai dizer, e não o que ela pode ou não fazer. Vivemos em um país com índices elevados de violência contra a mulher e homossexual e onde mãe solteira é mal julgada pela sociedade. Está sendo reproduzido um estereótipo de gênero e isso é perigoso, pois é reportado na cabeça de quem já pensa assim", critica.
Soraya Souza. |
Na resposta enviada a Soraya, além de negar a imposição de padrões, a
Editora Positivo explica que "a atividade é parte de um contexto onde o
objetivo é justamente promover o debate para combater relações
autoritárias e questionar a rigidez dos padrões". De acordo com a
editora, o manual do professor, que acompanha todos os livros da
coleção, contém orientações metodológicas para condução das atividades. g1
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