Sem incidentes graves, a maior edição do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorreu no fim de semana,
foi também a que registrou recorde no número de faltosos. Dos 7,1
milhões de inscritos, mais de 2 milhões (29%) não compareceram na prova,
segundo dados preliminares do Ministério da Educação (MEC). O índice
representa prejuízo estimado em R$ 103 milhões, com base no custo por
inscrito.
A taxa de abstenção cresceu em relação a
2012, quando 1,6 milhão de inscritos (27,9%) faltaram. O índice
projetado pelo MEC neste ano só é menor do que o registrado em 2009,
quando 37,7% não compareceram – naquele ano, entretanto, o exame havia
sido remarcado, depois do vazamento da prova, o que prejudicou a
participação.
Em 2011, a média de faltas foi de 26,4%
e, em 2010, de 28%. O MEC chegou a anunciar que criaria medidas para
inibir faltosos, mas recuou. Em vestibulares tradicionais, a abstenção
fica em torno de 10%.
Apesar dos faltosos, cerca de 5 milhões
de estudantes participaram das provas, um aumento de 20% em relação ao
ano anterior. Para o ministro Aloizio Mercadante, o Enem foi tranquilo.
“Tivemos algumas ocorrências, mas nada que mereça destaque”, disse ele.
“Agora começa a nova fase, que é a correção das provas. Tomamos medidas
para aumentar o rigor”, disse. O gabarito oficial será divulgado na
quarta-feira. Os resultados serão apresentados no início de janeiro.
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