A edição deste ano do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) mostrou que o exame do Ministério da Educação vai
mudando seu perfil “interpretativo” de edições anteriores e está com
mais “cara de vestibular”, segundo professores ouvidos pelo G1.
As provas aplicadas neste sábado (26) e domingo (27) foram mais focadas
no conteúdo, tinham enunciados mais curtos e exigiam menos
interpretação na avaliação dos especialistas.
De acordo com eles, a edição deste ano
exigiu conhecimentos específicos dos candidatos em quase todas as áreas
avaliadas, aproximando-se do que é pedido nos vestibulares tradicionais
pelo país.
O gabarito oficial do Enem será
divulgado até quarta-feira (30). Segundo o MEC, 5 milhões de candidatos
fizeram as provas este ano. Esta edição foi teve o número recorde de
7.173.574 milhões de inscritos. A abstenção foi de 29%.
“A prova tinha bastante conteúdo.
Algumas questões de física exigiam que o aluno soubesse fórmulas. Só foi
bem quem estava bem preparado para o vestibular, não bastava ser
inteligente, tinha que ter conteúdo”, afirma o professor Eduardo
Figueiredo, do cursinho Objetivo.
Figueiredo ressaltou ainda o abandono da
interdisciplinaridade entre as matérias. “Isso já desapareceu no Enem
faz tempo. Na prova de ciências naturais, por exemplo, havia 15 questões
de química, 15 de biologia, e 15 de física. Não havia interseção entre
elas”, afirmou.
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