A proximidade das festas de fim de ano e mais dinheiro circulando favorecem a prática de golpes

A aposentada Sandra Maria Costa da Rocha, 69, foi surpreendida, em dezembro do ano passado, por uma ligação de supostos sequestradores, que diziam estar com uma arma apontada para a cabeça do seu filho mais novo.

A condição imposta pelos criminosos para soltá-lo era o depósito imediato da quantia de R$ 3 mil. Sem questionar, Sandra foi até o banco mais próximo e fez a transferência para a conta informada.

Somente após efetuar a transação bancária, Sandra decidiu ligar para o filho que, ao contrário do que imaginava, estava na escola, são e salvo. Só então a aposentada percebeu que havia sido vítima de um golpe.

Ela é apenas uma das vítimas de estelionatários, que aproveitam o período de festas de final de ano para agirem. De acordo com o titular da Delegacia de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Dreof), Oscar Vieira de Araújo Neto, o número de ocorrências desse tipo aumentam de forma considerável em novembro e dezembro.

A Polícia Civil do Estado não contabiliza o número de ocorrências relacionadas a este tipo de crime. “Como as denúncias podem ser registradas em qualquer delegacia territorial, não é possível quantificar o número de casos”, explicou Araújo Neto.

Para o delegado, o recebimento do 13° salário é um dos fatores que motivam a aplicação dos golpes. “Nessa época, as pessoas recebem mais dinheiro, o que é um prato cheio para viabilizar esse tipo de delito”, disse.