As mortes de causas violentas são responsáveis pela redução de 4 anos na
expectativa de vida de homens negros no Rio Grande do Norte. O efeito é
quase três vezes maior do que quando comparado aos não negros do
estado, conforme aponta estudo 'Vidas Perdidas e Racismo no Brasil'
divulgado nesta terça-feira (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). Em menor proporção, a situação se repete em relação ao
impacto da violência na expectativa vida de mulheres negras e não negras
no RN.
"Analisando os dados sobre letalidade violenta no Brasil, apontamos que a violência atinge diferentes grupos da população brasileira. No entanto, as mortes violentas – homicídios, acidentes de transporte, suicídios e outros acidentes – geram perda maior de expectativa de vida ao nascer para os homens e, dentre estes, para os negros", diz o estudo.
"Analisando os dados sobre letalidade violenta no Brasil, apontamos que a violência atinge diferentes grupos da população brasileira. No entanto, as mortes violentas – homicídios, acidentes de transporte, suicídios e outros acidentes – geram perda maior de expectativa de vida ao nascer para os homens e, dentre estes, para os negros", diz o estudo.
Enquanto homicídios, acidentes de transporte, suicídios e outras
modalidades de violência afetam a expectativa de vida dos homens negros
em 4 anos, a 11ª média do país, para não negros o número cai para 1,35.
Em relação às mulheres, as mortes de causas violentas geram uma redução
de 0,8 ano para negras e de 0,36 para não negras.
No caso dos homens, o maior peso na balança fica por conta dos homicídios. Os assassinatos representam 1,79 ano na redução da expectativa de vida dos negros. Para não negros essa média é de 0,47 ano, quase três vezes menor. "O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Tais discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros", conclui o estudo.
De acordo com o Ipea, mais de 39 mil pessoas negras são assassinadas todos os anos no Brasil, contra 16 mil indivíduos de todas as outras raças. "Para além da extinção física, há milhares de mortes simbólicas por trás das perdas de oportunidades e de crescimento pessoal que muitos indivíduos sofrem, apenas pela sua cor de pele. São vidas perdidas em face do racismo no Brasil", afirma a pesquisa.
Quanto aos acidentes de trânsito, a expectativa de vida é reduzida em 1,28 ano por esse tipo de morte violenta, índice também superior ao registrado para o resto da população. Os acidentes representam a maior causa de letalidade de não negros no estado, seguindo a tendência nacional. A redução da expecativa de vida desta parcela da população relacionada a esse tipo de morte é de 0,49 ano, acima da média registrada para homicídios. g1.
No caso dos homens, o maior peso na balança fica por conta dos homicídios. Os assassinatos representam 1,79 ano na redução da expectativa de vida dos negros. Para não negros essa média é de 0,47 ano, quase três vezes menor. "O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. Tais discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros", conclui o estudo.
De acordo com o Ipea, mais de 39 mil pessoas negras são assassinadas todos os anos no Brasil, contra 16 mil indivíduos de todas as outras raças. "Para além da extinção física, há milhares de mortes simbólicas por trás das perdas de oportunidades e de crescimento pessoal que muitos indivíduos sofrem, apenas pela sua cor de pele. São vidas perdidas em face do racismo no Brasil", afirma a pesquisa.
Quanto aos acidentes de trânsito, a expectativa de vida é reduzida em 1,28 ano por esse tipo de morte violenta, índice também superior ao registrado para o resto da população. Os acidentes representam a maior causa de letalidade de não negros no estado, seguindo a tendência nacional. A redução da expecativa de vida desta parcela da população relacionada a esse tipo de morte é de 0,49 ano, acima da média registrada para homicídios. g1.
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