segunda-feira, novembro 18, 2013

Saiba se você está no novo grupo de risco para doenças do coração.

Brasileiras ignoram os cuidados com a saúde do coração
Distúrbios cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo 

Desenvolvidas para o tratamento do colesterol alto, as estatinas estão entre os remédios mais consumidos no mundo. Só nos Estados Unidos há 36 milhões de pacientes. No Brasil, 8 milhões. Dá-se como certo que o número de pessoas em tratamento com estatinas deve dobrar a partir da divulgação, na semana passada, da nova cartilha para a prevenção de problemas cardiovasculares, elaborada pela Associação Americana do Coração e pelo Colégio Americano de Cardiologia. Entre as principais mudanças em relação às orientações anteriores, lançadas em 2002, estão, além da ampliação da prescrição de estatinas, a extinção de metas específicas para a redução de LDL, o colesterol ruim, tão firmemente acompanhada pelos médicos, e a criação de um teste rigoroso para o cálculo do risco cardiovascular. Diz o cardiologista Raul Dias dos Santos, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: “As mudanças propostas abrem a possibilidade de tratamento para pessoas que se encontravam sob ameaça, mas que, até agora, não estavam em grupos de risco”.

Os distúrbios cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, com 17 milhões de óbitos todos os anos (300 000 deles no Brasil). O aumento nos casos de infarto e derrame está diretamente associado aos piores hábitos da vida moderna: obesidade, tabagismo, dietas desequilibradas (abundantes em sal, açúcar e gorduras) e sedentarismo. Esses fatores contribuem para deixar as artérias entupidas, enrijecidas e inflamadas. Não bastasse a dificuldade de mudanças no estilo de vida, uma minoria de pacientes segue o tratamento à risca. Entre os brasileiros, eles não passam de 20%. Não é à toa, portanto, que se dá o cerco agora anunciado. As diretrizes americanas dividem em quatro grupos os candidatos a tratamento com estatinas.

Precisam receber tratamento medicamentoso todas as vítimas de doenças cardiovasculares; quem apresenta taxas de LDL acima de 190 miligramas por decilitro de sangue; os diabéticos acima de 40 anos; e aqueles que têm uma probabilidade de 7,5% ou mais de desenvolver infarto ou derrame nos próximos dez anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário