Um documento com oito pontos relacionados ao desenvolvimento da
educação profissional foi assinado ontem sexta-feira (14) por ministros
de Brasil, Coreia, Holanda e Rússia, reunidos em São Paulo. O conteúdo
da carta foi apresentado durante a Conferência Internacional de
Ministros – Educação para o Mundo do Trabalho: Educação Profissional,
dentro da programação da WorldSkills São Paulo, que segue até domingo
(16).
O que uniu países de realidades tão diferentes em torno das mesmas
propostas foi a necessidade de respostas mais eficazes para os elevados
índices de desemprego entre a população jovem. O encontro também foi
realizado com objetivo de apoiar o desenvolvimento econômico dos países,
por meio do aumento da produtividade do trabalho.
Durante a conferência, os representantes dos governos dos países
apresentaram as principais políticas já desenvolvidas nesse setor.
Apesar das semelhanças nos desafios que ainda precisarão enfrentar, há
diferenças relevantes em como a educação profissional tem sido tratada
por esses países.
De acordo com o diretor geral do Emprego e Trabalho da Coreia do Sul,
Jong Kil Park, a educação profissional foi um fator-chave para o rápido
desenvolvimento econômico registrado no país desde os anos 1970. O país
– cujo Produto Interno Bruto (PIB) per capita saltou dos US$ 90 para
US$ 28,4 mil entre 1963 e 2015 – optou, quatro atrás, por ampliar a
oferta desse tipo de educação. Em 1970, formavam-se 99 mil pessoas ao
ano. Em 2012, esse índice foi 18,3 milhões de pessoas. “A cada ano, dois
bilhões de dólares são utilizados para financiar a educação
profissional”, revelou Park.
Os Países Baixos registram algumas das as menores taxas de desemprego
entre jovens de toda a União Européia: 8% contra índices que chegam a
50% na Espanha e na Grécia. Segundo a ministra da Educação, Cultura e
Ciência dos Países Baixos, Jet Bussemaker, é a formação para o trabalho,
disseminada em todo o sistema educacional, que permite essa diferença.
De acordo com ela, os jovens do ensino secundário têm aulas teóricas e
práticas ao longo de sua formação básica. Já na educação profissional,
além da formação básica, os estudantes são qualificados dentro das
empresas em atividades realizadas dois dias na semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário