Depois de três jogadores passarem mal na
partida entre Flamengo e Palmeiras, no último domingo, por causa do
calor, os confrontos às 11 horas do Campeonato Brasileiro terão atenção
especial dos departamentos médicos dos clubes da Série A. As partidas
matutinas têm sido sucesso de público, mas, em contrapartida, vêm
afetando o rendimento dos atletas por causa das altas temperaturas.
No domingo, por exemplo, estava 30ºC em
São Paulo na hora do jogo no Allianz Parque. O lateral Lucas, do
Palmeiras, começou a sentir tontura e teve de ser substituído no
intervalo. Já o atacante Dudu chegou a vomitar em campo. Do lado do
Flamengo, Everton sentiu enjoo e precisou ser medicado.
“É algo que as autoridades do futebol
precisam consultar os jogadores. Não questiono horário, mas a
temperatura no gramado. As pessoas precisam ter mais responsabilidade em
marcar jogos com temperaturas tão altas”, reclamou Lucas.
Depois dos episódios de domingo, a
diretoria do Palmeiras estuda pedir à CBF para não jogar mais no final
da manhã. No total, o clube já fez cinco partidas na temporada às 11
horas, dois no Campeonato Paulista e três no Brasileirão – é o time que
mais atuou neste horário.
O médico do Flamengo, José Luiz Runco,
que fez no domingo a sua despedida do clube após 34 anos, diz que jogar
neste horário não é bom para a saúde dos atletas. “É um horário que pode
agradar ao público, ser bom para o business, mas precisa ser revisto.
Para os atletas é muito complicado, ruim.”
A CBF já agendou jogos às 11 horas de
domingo até a 25.ª rodada, quando o Corinthians, vai estrear no novo
horário. O Líder do campeonato é o único clube que ainda não jogou de
manhã.
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