(Foto reprodução/Google)
Um grupo de parlamentares de dez
partidos divulgou um manifesto, nesta quinta-feira (20), pedindo o
afastamento temporário do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras,
descoberto pela Operação Lava Jato.
Do outro lado, o líder do PMDB, Leonardo
Picciani (RJ), afirmou em nota oficial que “a bancada do PMDB na Câmara
dos Deputados apoia e acredita no presidente da Casa, e se solidariza
com ele neste momento em que alguns se açodam a defender teses que ferem
o princípio primordial do Estado Democrático de Direito”.
Cunha foi denunciado pelos crimes de
corrupção e por lavagem de dinheiro. De acordo com a petição da PGR,
Cunha recebeu pelo menos US$ 5 milhões, para facilitar e viabilizar a
contratação do estaleiro Samsung, sem licitação, responsável pela
construção dos navios-sondas Petrobras 10.000 e Vitoria 10.000.
Após a divulgação da denúncia d aPGR, o
líder do Psol na Câmara, Chico Alencar (RJ), defendeu em plenário, por
meio de um manifesto, o afastamento de Cunha “até para que ela [a
presidência da Casa] não seja usada como meio de atrapalhar as
investigações e para que a normalidade dos trabalhos legislativos
prossiga”. “Nós defendemos a Operação Lava-Jato em todos os âmbitos, em
todos os níveis, e isso significa também, quando a denúncia chega ao
Parlamento, que nós saibamos cortar a própria carne”, afirmou Alencar.
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