O documento final da COP 21, a cúpula do clima de Paris, foi
apresentado na tarde deste sábado e prevê esforços para manter a
temperatura do planeta com elevação “muito abaixo de 2°C”. Entre os
compromissos dos países ricos está o financiamento de (pelo menos) US$
100 bilhões por ano em medidas de combate às mudanças climáticas.
Ainda de acordo com o texto, é preciso que os líderes mundiais tenham
em mente uma meta ainda mais ambiciosa: “limitar o aumento de
temperatura a 1,5°C.” Já o o dinheiro do financiamento só deverá ser
destinado a partir de 2020. Depois de cinco anos (em 2025) este valor de
investimento deverá ser rediscutido.
A proposta indica mecanismos de revisão periódica das ações e metas
dos países. A ideia é desacelerar as emissões do efeito estufa.
Atualmente, as nações não atingem sequer a metade dos esforços para
evitar o aquecimento de 2°C.
Todas as promessas dos líderes serão analisadas novamente de cinco em
cinco anos, sendo que apenas em 2018 haverá uma decisão sobre o formato
desta revisão.
O documento já é considerado um marco histórico. Foi submetido às
delegações de todos os países e é o primeiro acordo global contendo
compromissos de todos. “As partes do acordo visam atingir um pico global
nas emissões de gases de efeito estufa assim que possível, reconhecendo
que o pico levará mais tempo para países em desenvolvimento”, aponta o
texto.
As nações mais pobres devem se beneficiar ainda de um mecanismo de
compensação por perdas e danos causados por consequências da mudanças
climáticas que já são evitáveis.
A expectativa agora é para aprovação do documento, uma vez que a
maioria dos negociadores já pediu para falar à plenária da próxima
reunião da COP 21.
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