segunda-feira, novembro 14, 2016

Casos de sífilis voltam a aumentar no Brasil.

Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que os casos de sífilis adquirida (em adultos) aumentaram 32,7% no Brasil no período de 2014 a 2015. Entre gestantes, o crescimento foi de 20,9%, enquanto as infecções por sífilis congênita (transmitida pela mãe ao bebê) subiram 19% no mesmo período.

“O que caracteriza uma epidemia é quando se tem um aumento no número de casos num determinado período de tempo. A sífilis não vinha num patamar de eliminação, mas seguia estável e, de repente, surgiu um maior número de casos”, disse a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken.

Ela lembrou que a sífilis é uma doença de notificação compulsória – qualquer caso deve ser obrigatoriamente notificado. O que tem se observado nos últimos cinco anos, segundo Adele, é um crescimento do número de casos dessas três notificações, inclusive da congênita.

Sintomas
De acordo com a especialista, a sífilis no adulto tem sinais específicos, mas também há um período de latência considerável. O quadro sintomático inicia com uma ferida que, nos homens, é bem aparente, não dói e pode desaparecer num período de sete a dez dias. Nas mulheres, a ferida pode surgir na genitália interna e passar desapercebida.

“A manifestação, nesses casos, fica em latência e o quadro se torna de sífilis terciária. Quando há evolução de mais de dez anos, a doença destrói tecidos como coração, cérebro e ossos”, explicou em entrevista à Agência Brasil.

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