A força-tarefa da Lava Jato no Rio de
Janeiro denunciou pela sexta vez o ex-governador do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral (PMDB), desta vez pelos crimes de evasão de divisas,
lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A denúncia apresentada nesta
quarta-feira, 8, inclui ainda outros seis investigados incluindo o
doleiro Vinícius Claret, conhecido como “Juca Bala” e preso na última
sexta-feira no Uruguai.
A denúncia é um desdobramento da operação Eficiência e que apontou
que o esquema do ex-governador teria movimentado US$ 100 milhões no
exterior.
Além de Sérgio Cabral, também foram denunciados: Carlos Miranda (25
crimes de evasão de divisas e 21 crimes de lavagem de dinheiro); Wilson
Carlos (25 crimes de evasão de divisas e 18 de lavagem de dinheiro);
Sérgio Castro de Oliveira – Serjão (8 crimes de evasão de divisas);
Vinicius Claret – Juca Bala (25 crimes de evasão de divisas, 9 de
corrupção passiva, 9 de lavagem de dinheiro e crime de pertencimento à
organização criminosa); Claudio de Souza – Tony/Peter (25 crimes de
evasão de divisas, 9 de corrupção passiva, 9 de lavagem de dinheiro e
crime de pertencimento à organização criminosa); e Timothy Scorah Lynn
(9 crimes de corrupção ativa e 9 de lavagem de dinheiro).
A denúncia imputou, ainda, 25 crimes de evasão de divisas, 30 crimes
de lavagem de dinheiro e 9 crimes de corrupção passiva a duas pessoas
que fizeram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público
Federal.
A denúncia desta quarta abrange, especificamente, os crimes
envolvendo a evasão de divisas do grupo criminoso por meio de operações
dólar-cabo, expediente utilizado por operadores do mercado negro para
remeter recursos para o exterior sem passar pela fiscalização das
autoridades bancárias.
De acordo com o MPF, o total ocultado no exterior corresponde a R$
318.554.478,91, “que representa apenas parte do que amealharam dos
cofres públicos, por meio de um engenhoso processo de envio de recursos
oriundos de propina para o exterior.”,
Com o acordo já foi possível repatriar US$ 85.383.233,61 provenientes
das contas Winchester Development SA, Prosperity Fund SPC Obo Globum,
Andrews Development SA, Bendigo Enterprises Limited e Fundo FreeFly em
nome dos colaboradores. Os recursos encontram-se depositados em conta
judicial na Caixa Econômica Federal.
Atualmente o ex-governador está preso preventivamente em Bangu 8, no
Rio e já responde a outras quatro ações penais na Justiça Federal no Rio
e a uma na Justiça Federal no Paraná, todas desdobramentos da Lava
Jato.
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