Começou na manhã de hoje (7) em Hamburgo a Cúpula do G20, grupo que
reúne os líderes das principais economias do mundo, em meio a protestos
que já deixaram mais de uma centena de feridos. A informação é da
Agência Télam.
A primeira reunião é focada no no combate ao
terrorismo. Em seguida, na mesa de negociações, estarão em pauta os dois
assuntos mais espinhosos, devido à falta de consenso com os Estados
Unidos: o livre comércio e a luta contra as mudanças climáticas.
A
chanceler alemã, Angela Merkel, anfitriã do encontro, recebeu seus
convidados, entre eles o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no
centro de convenções da cidade, que está tomada por policiais para
garantir a segurança das delegações, segundo a Agência EFE.
Protestos.
O encontro acontece em meio a
protestos, que ontem (6) resultaram em 111 policiais feridos e 44
manifestantes presos. O protesto foi realizado por jovens encapuzados,
com o lema “Benvindos ao inferno”. Hoje, a polícia voltou a usar canhões
de água para dispersar os que tentavam bloquear o acesso à cúpula.
Também
houve protestos em frente a residência em que Donald Trump está
hospedado, que impediram que sua esposa, Melania Trump, pudesse sair do
edifício. “Até agora, a polícia não nos deu um OK em relação à segurança
para podermos deixar a residência”, declarou um porta-voz da
primeira-dama, que participaria de um encontro de esposas e maridos dos
governantes.
Carta do papa.
O papa
Francisco enviou hoje uma carta a Merkel, com uma mensagem aos líderes
que participam do G20, em que pede “soluções não traumáticas” para a
questão das migrações. “Lamentavelmente, o drama das migrações,
inseparável da pobreza e acentuado pelas gerras, é uma prova de que não
existem soluções imediatas e totalmente satisfatórias para os problemas
mundiais”.
Francisco também pediu a redução dos níveis de
conflito e do uso de armas. “É possível implementar processos capazes de
oferecer soluções progressivas e não traumáticas que conduzam, em
tempos relativamente breves, a uma livre circulação e à estabilidade das
pessoas, que sejam vantajosas para todos”, afirmou na carta solicitada
por Merkel no último encontro que tiveram, em junho.
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