O presidente Michel Temer disse ontem (7) que acredita na lealdade do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia. "Acredito plenamente. Ele só me dá
provas de lealdade, o tempo todo", disse Temer ao ser questionado por
jornalistas em Hamburgo, na Alemanha, onde participa da Cúpula do G20,
que reúne líderes das 20 maiores economias do mundo.
Mais
cedo, Maia disse, em sua conta na rede social Twitter, que é preciso
“ter muita tranquilidade e prudência neste momento”. A manifestação do
deputado foi feita após a imprensa ter noticiado que o nome de Maia é
cotado para assumir a Presidência da República, caso Temer seja afastado
do cargo. Em entrevista em Buenos Aires, onde cumpre
agenda oficial, Maia manifestou sua lealdade, e a de seu partido com
Michel Temer. "Aprendi em casa a ser leal, correto e serei com o
presidente Michel Temer sempre serei", declarou Rodrigo Maia.
Sobre
a declaração do senador Cássio Cunha Lima (PSDB PB) de que o governo
deve durar 15 dias em um encontro com investidores, Temer respondeu: "Vamos
esperar 15 dias, não é verdade? Acho que foi força de expressão, nada
mais. Às vezes as pessoas se entusiasmam um pouco, foi simplesmente
força de expressão, nada mais do que isso", disse.
Questionado se estaria preocupado com o apoio da base aliada no Congresso, o presidente disse que há "zero" de preocupação. "Zero,
zero de preocupação. O PSDB tem quatro ministérios, os ministros todos
estão muito tranquilos, exercendo as suas funções. Ainda agora me
ligaram todos um pouco, digamos assim, dando explicações, dizendo que
esta fala do senador Tasso, não foi ele quem falou? O senador Tasso não
condiz com aquilo que pensa a maioria do PSDB, acho que não há esse
problema", afirmou, em referência à declaração do presidente nacional do
PSDB, Tasso Jereissati (CE), que disse que o país está caminhando para a
ingovernabilidade.
Em relação aos impactos de uma
possível delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha, Temer respondeu:
"Zero" e encerrou a entrevista.
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