Após dois adiamentos, o presidente
Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco
(Secretaria Geral) foram notificados na tarde desta quarta-feira da
denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça. O subchefe de
assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, assinou os documentos
entregues pelo deputado Fernando Giacobo (PR-PR), primeiro-secretário da
Câmara.
A notificação ao Palácio do Planalto
estava prevista para terça-feira, às 17h30, assim que a leitura da peça
no plenário da Câmara foi concluída. Houve problemas operacionais para
imprimir a papelada e copiar os arquivos digitais em HDs externos. Nesta
terça-feira, o expediente se repetiu: a entrega seria às 10h.
Agora, a Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara ouvirá as defesas de Temer, Padilha e Moreira e
produzirá um relatório, recomendando ou não a aceitação da denúncia
criminal. Em seguida, o plenário votará se a acusação prossegue. Caso
isso aconteça, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se aceita a
denúncia e torna os denunciados réus. Se Temer virar réu, ele será
afastado da Presidência por seis meses, ou até o caso ser julgado.
Assim como na notificação da primeira
denúncia contra Temer, por corrupção passiva em 29 de junho, o subchefe
de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, assinou os
documentos – um volume para Temer, outro para Padilha é um terceiro para
Moreira – do deputado Fernando Giacobo (PR-PR), primeiro-secretário da
Câmara.
O primeiro-secretário da Câmara defendeu uma tramitação célere da denúncia e disse estar apenas cumprindo seu papel.
— Meu sentimento é de tristeza. Cumpro
meu papel institucional mas, como cidadão, estou triste pelo momento por
que o Brasil passa, com esse mar de corrupção — disse o deputado.
Ele afirmou que houve dificuldade em
transferir os arquivos da denúncia, que tinham 1,5 terabytes. Por isso, a
notificação teve atrasos na entrega e na transferência dos arquivos
para um HD externo.
O presidente da Câmara , Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi quem assinou os documentos entregues hoje ao Palácio do Planalto.
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