O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teve o afastamento
do mandato determinado ontem (26) pelo Supremo Tribunal Federal (STF),
disse confiar que sua atividade parlamentar será restabelecida. Em nota
divulgada por sua assessoria, Aécio afirmou que a decisão da 1ª Turma do
STF foi uma “condenação” sem a abertura de um processo judicial e, por
isso sem direito à defesa.
“As gravações consideradas como prova
pelos três ministros foram feitas de forma planejada a forjar uma
situação criminosa. Os novos fatos vindos à tona comprovam a manipulação
feita pelos delatores e confirmam que um apartamento da família
colocado à venda foi oferecido a Joesley Batista para que o senador
custeasse gastos de defesa”, informou a assessoria de Aécio.
O
comunicado reafirma que o senador recebeu um “empréstimo privado” de
Joesley Batista, que não envolveu dinheiro público ou “qualquer
contrapartida, não incorrendo, assim, em propina ou outra ilicitude”.
“O
senador Aécio Neves aguarda serenamente que seus advogados tomem,
dentro dos marcos legais, as providências necessárias a buscar reverter
as medidas tomadas sem amparo na Constituição. E confia que terá
restabelecido o mandato que lhe foi conferido por mais de 7 milhões de
mineiros”, diz a nota.
A decisão de afastar Aécio Neves do
mandato foi tomada 3 votos a 2. Além disso, a Primeira Turma determinou a
entrega de passaporte e o recolhimento domiciliar noturno. A decisão
tem causado divergências
entre os ministros da Corte e, apesar de o Senado ainda não ter sido
notificado, os parlamentares já se movimentam para reagir à determinação
do Judiciário.
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