Lista de ingredientes
fora da ordem decrescente, falta de informações data de validade e
cuidados para conservação correta, além de tabela nutricional com
porções inadequadas e informações nutricionais incorretas. Esses são os
principais problemas identificados pela vigilância sanitária nos rótulos
de produtos de empresas do setor alimentícios do estado. Para ajudar os
empreendedores na rotulagem correta, o Sebrae no Rio Grande do Norte
promoveu nesta quarta-feira (27) duas palestras técnicas voltadas para
esse tema.
A capacitação faz parte
das ações do projeto da Indústria de Alimentos e Bebidas do RN do Sebrae
e foi executada em parceria com a Vigilância Sanitária de Natal. A
nutricionista da Coordenadoria de Vigilância à Saúde (Covisa) Sônia
Soares falou para os empresários sobre a relação entre os rótulos e os
diretos do consumidor à informação. “Quando um empresário produz
alimentos, ele tem responsabilidade direta com a vida das pessoas”,
alerta Sônia Soares.
Já a nutricionista do
Núcleo de Informação, Educação e Comunicação da Vigilância Sanitária de
Natal, Sônia Fernandes, ministrou palestra ‘A Rotulagem de Alimentos na
Segurança Alimentar Nutricional’, abordando a legislação que compõe a
rotulagem, desde a resolução 259, de 2002, que é considerada o manual
das embalagens dos alimentos de uma forma geral, até a resolução 26 de
2015, que trata dos alergênicos.
Ministrada para
empresários do segmento de alimentação saudável, a palestra informou
sobre os principais cuidados e regras no contexto da segurança
alimentar. “Infelizmente, alguns empresários ainda imaginam que
rotulagem é mera burocracia. E não é bem assim. Existe todo uma questão
de segurança alimentar e nutricional envolvida. É uma exigência global”,
defende Sonia Fernandes.
Segundo ela, além dos erros mais
cometidos já citados, muitas embalagens do segmento de panificação e
lácteos ainda têm informações incompatíveis em relação à presença de
glúten. “Os alergênicos são outros problemas. Às vezes, o produto até
pode não ter determinada substância, mas, se no processo produtivo tiver
algum tipo de cruzamento com outro produto que tenha a substância, é
preciso indicar na embalagem”, esclarece a nutricionista sobre as boas
práticas.
Aplicativo
Na avaliação da
especialista, qualquer empresa que produz alimento, não importa se
industrial ou artesanalmente, precisa de um acompanhamento e assessoria
na área de rotulagem. “O rótulo é o grande comunicador de risco. Na hora
em que uma empresa coloca informações corretas para o consumidor, ela
está gerenciando riscos futuros”.
A vigilância sanitária
começa também uma campanha sobre as metas da década da nutrição, que
envolve, entre outros itens, um esforço para redução dos teores de
açúcar, sal e gordura nos alimentos. O órgão inclusive elaborou um
aplicativo para dispositivos Android que indica se a quantidade de
determinado ingrediente nos produtos é adequada ou não. Com o
aplicativo, o consumidor digita os valores da tabela de informações e o
programa indica com o verde se está nos níveis aceitáveis ou vermelho,
caso haja reprovação. Denominado Rótulo Saudável, o app pode ser baixado
da Play Store.
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