Sete
meses depois de ser empossado ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF), Alexandre de Moraes reclama de vazamentos de investigações
sigilosas por parte de autoridades e da falta de punição por essas
práticas. Ele lembra que, em outros países, a divulgação indevida de
material secreto implicaria a anulação de todo o processo.
O ministro também diz que parte da demora nas investigações da
Lava-Jato não pode ser creditada ao STF, mas à falta de estrutura do
Ministério Público e da Polícia Federal, que não estavam preparados para
conduzir tantas investigações ao mesmo tempo. E defende pena de prisão
para o crime organizado – sejam traficantes, sejam políticos corruptos.
O senhor defende que as delações premiadas fiquem secretas por mais
tempo do que acontece hoje. O senhor acha que há divulgação excessiva
desses depoimentos?
Nas delações que recebi com o pedido de cláusula de liberação, eu
neguei todas. Tem que se respeitar a lei. A lei diz que é com o
recebimento da denúncia (que pode divulgar). Agora, também tem que ter
uma resposta dura se houver vazamento. Em nenhum lugar do mundo pode
haver vazamento de delação. As informações são de CAROLINA BRÍGIDO, O
Globo.
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