Foi uma oportuna e frutífera discussão
entre velhos parceiros. A relação, antiga e que já rendeu importantes
frutos, demandava há tempos esse encontro, que transcorreu com diálogo,
respeito e buscando soluções para várias demandas apresentadas. Assim
pode ser definida a reunião entre os empresários nordestinos da
construção civil e os dirigentes da Caixa Econômica Federal, no Fórum
Norte Nordeste da Construção – FNNIC, que teve como tema “Entraves e
Soluções para o Mercado Imobiliário do Norte e Nordeste”.
Realizado em Natal pelo SINDUSCON-RN e
CBIC, o evento, que teve como tema “Entraves e Soluções para o Mercado
Imobiliário do Norte e Nordeste”, reuniu presidentes de Sindicatos da
indústria da construção civil das duas regiões, o presidente da CBIC,
José Carlos Martins, o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica
Federal Nelson Antônio de Souza, e os superintendentes André de Sousa
Fonseca e Carlos Antônio Araújo.
Também participaram o presidente da
Federação das Indústrias do RN (FIERN), Amaro Sales de Araújo, o senador
José Agripino Maia e o deputado federal Rogério Marinho, relator da
reforma trabalhista, que foi homenageado pelo setor com uma placa. Da
FIERN estiveram presentes o vice-presidente Pedro Terceiro de Melo, os
presidentes do SINDUSCON/Mossoró, Sérgio Freire, do SINDICERÂMICA,
Vargas Soliz, do SINDGRÁFICA, Vinícius Costa Lima, e o superintendente
de Estratégias e Articulação da FIERN, Hélder Maranhão.
O anfitrião do Fórum, presidente do
SINDUSCON-RN, Arnaldo Gaspar Júnior, fez uma saudação a Rogério Marinho,
enfatizando a importância do seu trabalho como relator da reforma. “O
deputado Rogério Marinho é um orgulho hoje não apenas para os
potiguares, mas para todos os brasileiros”, disse. Arnaldo Gaspar Júnior
destacou ainda a importância do Fórum para os rumos da construção civil
nordestina.
O presidente da CBIC, José Carlos
Martins, disse que o PIB da construção civil em 2017 sofrerá uma queda
em torno de 5%. Essa queda representa 0,5% no PIB brasileiro. Os dados,
segundo ele, são do Banco Central. Ele defendeu o retorno dos
investimentos públicos, sobretudo na construção civil, para tirar o país
da crise.
“Não haverá crescimento se a construção
civil não se recuperar”, afirmou. Ele voltou a criticar a retirada de
recursos do FGTS para financiar o FIES. “Educação e saúde já têm
recursos carimbados”, alertou. O presidente da CBIC afirmou que as
reivindicações apresentadas no Fórum serão encaminhados pela Câmara à
Caixa.
O vice-presidente de Habitação da Caixa
Econômica Federal Nelson Antônio de Souza fez uma exposição otimista
sobre a situação da instituição, focando principalmente em números que
mostram a recuperação da economia. “Em 2017, o crédito superou 2016
todos os meses”, disse. Após a apresentação foi aberto um debate, onde
os empresários apresentaram vários questionamentos sobre questões
relacionadas diretamente aos dia-a-dia na relação com a CEF.
O Fórum contou na parte da manhã com a
palestra “Déficit habitacional, crédito imobiliário e insegurança
jurídica”, do economista do Secovi-SP, Celso Petrucci. Ele abordou as
dificuldades e oportunidades do atual momento para o segmento. Disse que
não faltará dinheiro para a construção civil e que o setor está
preparado para um novo ciclo de crescimento.
Em seguida, o superintendente da CEF no
Rio Grande do Norte, Carlos Antônio Araújo, fez uma exposição sobre a
performance da instituição, que é responsável por 67% dos financiamentos
imobiliários no país. Ele destacou o diálogo permanente com os
empresários do setor. “Quero ratificar aqui a nossa parceria com a
construção civil”, disse.
Umas das preocupações externadas no
Fórum, tanto do pessoal da Caixa quanto dos empresários, foi com relação
ao Acordo de Basiléia 3, que trata de regras internacionais de proteção
a crises e que poderá trazer graves problemas a CEF.
Nelson Antônio de Souza e José Agripino
abordaram a questão e ambos disseram praticamente a mesma coisa. Que o
governo federal está empenhado, inclusive o presidente Michel Temer, e
com várias ações em curso para resolver a situação. O senador relatou
que teve conversas recentes com dirigentes da Caixa e do governo. “O
governo, como um todo, está ‘fulltime’ discutindo essa questão e
buscando uma solução”, disse Agripino Maia. Via Portal No Ar.
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