A Assembleia Geral das Nações Unidas, reunida nesta quarta-feira (1º)
em Nova York, pediu mais uma vez o fim do embargo americano a Cuba,
aprovando uma resolução contrária à medida apoiada por 191
Estados-membros, tendo como únicos votos contrários os dos Estados
Unidos e Israel. A informação é da agência EFE*.
Há um ano, o
texto tinha sido aprovado pela primeira vez sem oposição, uma vez que
esses dois países decidiram abster-se em meio à uma reaproximação dos
EUA com Havana, impulsionada pelo governo de Barack Obama. Hoje, no
entanto, o governo de Donald Trump - e com ele os seus parceiros
israelenses - optou por votar contra, como parte do "novo enfoque" da
sua política em relação à ilha.
Trump, que apoia a continuidade
do embargo, quer "uma maior ênfase no impulso dos direitos humanos e à
democracia" na Ilha e condicionou o fim das sanções a mudanças nessas
áreas. A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, defendeu hoje essa
postura e se referiu à votação da Assembleia Geral como um "teatro
político" impulsionado por Cuba.
Além disso, Haley minimizou a
importância do fato da resolução ter contado com o apoio de praticamente
todos os membros da ONU. "Enquanto o povo cubano seguir privado dos
seus direitos humanos e liberdades fundamentais, enquanto os lucros do
comércio com Cuba apoiarem o regime ditatorial responsável de negar
esses direitos, os EUA não terão medo do isolamento", assegurou.
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