Começa hoje (30) em Brasília a segunda edição do Favela Sounds,
Festival Internacional de Cultura de Periferia. Nesta edição estão
programados shows, oficinas e debates com temáticas referentes a
processos migratórios e deslocamentos humanos, entre outros temas do
universo periférico. O evento ocorrerá na área externa do Museu da
República e em regiões administrativas do Distrito Federal (DF) até o
próximo sábado (4).
Com uma programação formada por artistas de
periferia, o Favela Sounds levará ao público quatro oficinas, quatro
debates e dois bailes, com shows de grandes nomes da música de favela
como: Xande de Pilares (RJ), Linn da Quebrada (SP), Beco Exu do Blues
(BA), além da moçambicana Dama do Bling, o haitiano Wesli e a angolana
Titica. Ao todo, 18 artistas se apresentarão durante os seis dias de
festival.
Para a coordenadora geral do Favela Sound, Amanda
Bittar, o festival contribui para um debate amplo sobre questões que
interessam a periferia. “Além de promover um encontro da cultura
periférica, o festival tem a proposta de trazer uma discussão para o
centro político do país. É importante promover o debate acerca dos temas
como: diferenças raciais, de gênero e a força das classes B, C e D”,
explicou.
As oficinas do Favela Sounds serão realizadas no Espaço
Cultural Ubuntu, no Recanto das Emas, no Jovem de Expressão, na
Ceilândia e na Galeria dos Proletas, em Planaltina. O momento Papo Reto,
destinado a debates com artistas da programação, contará com a
participação de convidados especiais em ações coordenadas pelo
antropólogo Dennis Novais.
Os bate-papos terão os temas
“Transfavele-se! Música e gênero nas quebradas”, “Sons da além-mar:
música e migrações”, “Bota a cara: artes e comunicação nas periferias” e
“Kabo Kaki você vai longe: o feminismo das minas pretas”.
Na edição deste ano, a expectativa da coordenação do Favela Sounds é que cerca de 15 mil pessoas compareçam ao evento.
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