A médica brasileira Mariângela Simão tomou posse nesta quarta-feira
(1º), em Genebra (Suíça), como a primeira diretora-geral-assistente para
Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos da Organização Mundial
da Saúde (OMS). Ela chega à OMS após vários anos de experiência no
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em Genebra,
e no Ministério da Saúde do Brasil. A informação é da ONU News.
A
nova diretora afirma que o acesso universal à saúde criado pelo Brasil e
outras nações serve como inspiração para novas políticas de acesso a
medicamentos contra doenças. Segundo ela, a OMS, aprendeu várias lições
positivas com os programas de acesso a tratamento antirretrovirais
contra HIV/Aids.
Para Mariângela Simão, que tem 30 anos de
experiência na área de saúde e políticas públicas, o sucesso de
programas contra o HIV/Aids devem ser uma fonte de inspiração para
tornar medicamentos contra outras doenças também acessíveis a quem
precisa.
"Eu diria que a gente aprendeu muitas lições, como o acesso como
direito, uma maior transparência nos preços, em ter ajuda internacional
para compra de medicamentos. Apesar de o problema da Aids não ter sido
resolvido na sua totalidade, ele está caminhando na direção certa. Isto a
gente não vê, por exemplo, com as doenças que a gente chama de
crônico-degenerativas. A gente não vê o mesmo acontecendo com
medicamentos essenciais, como por exemplo, para pressão alta e para
outra grande causa da mortalidade, que são os diferentes tipos de
câncer."
Mariângela Simão defende também o aumento de mais
medicamentos genéricos no mercado. Segundo ela, a competição é útil. A
nova diretora-geral-assistente afirmou que trabalhará de perto com os
governos e parceiros dos países de língua portuguesa, especialmente na
relação de qualidade dos medicamentos.
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