O naufrágio de uma embarcação que seguia rumo à ilha grega de
Agathonisi, no arquipélago do Dodecaneso, deixou neste sábado 14 pessoas
mortas por afogamento, entre elas quatro menores de idade, segundo o
Ministério de Migração da Grécia.
Três sobreviventes chegaram à
terra até agora, duas mulheres e um homem, que relataram ter viajado com
mais 20 migrantes e refugiados em uma balsa que afundou por causas
ainda desconhecidas.
Cinco embarcações da Guarda Litorânea grega,
uma da Marinha, um navio da Frontex, três helicópteros, três navios de
pescadores e várias embarcações privadas participam dos trabalhos de
busca e resgate. Os corpos recuperados correspondem a quatro menores, um
homem e uma mulher.
O ministro de Migração grego, Dimitris
Vitsas, expressou dor pelo naufrágio e disse acompanhar de perto as
operações de resgate e ter tomado todas as medidas necessárias.
"Esta
nova tragédia em Agatonisi ressalta da pior e mais triste forma como a
vida humana não pode depender nem dos interesses dos traficantes nem dos
Estados. Está claro que a solução está na proteção das pessoas, nos
procedimentos e rotas seguras para os refugiados e imigrantes", disse
Vitsas.
Essa tragédia é o primeiro naufrágio do ano registrado no
litoral grego. Agatonisi é uma pequena ilha na parte mais ao norte do
arquipélago do Dodecaneso, separada por 18 quilômetros de mar do litoral
da Turquia.
Desde a assinatura do acordo de migração entre União
Europeia e Turquia, que completará dois anos no domingo, o número de
chegadas de refugiados ao litoral grego caiu em torno de 95%. No
entanto, quase todos os dias há entradas no país, motivo pelo qual os
campos de refugiados nas ilhas permanecem congestionados.
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