Insatisfeitos com a falta de cumprimento
dos itens do Termo de Compromisso pactuado em 10 de janeiro deste ano, a
categoria militar estadual, através das Associações representativas,
cobram providências ao Governo do RN. Em áudio direcionado à secretária
de Segurança e Defesa Civil, Sheila de Freitas, e em transmissão ao
vivo, na tarde desta quinta-feira (15), na página do Facebook da
Associação dos Subtenentes e Sargentos PMs e BMs (ASSPMBMRN), o
subtenente Eliabe Marques expõe a pressão que as entidades recebem da
categoria e considera o retorno do movimento Segurança com Segurança.
“Estamos sofrendo uma pressão muito
grande da categoria, e nós não vamos levar esse fardo nas costas. Essa
insatisfação é geral e os policiais e bombeiros estão provocando as
Associações por uma retomada do movimento Segurança com Segurança.
Infelizmente, parece que não há alternativa”, relata o presidente da
ASSPMBMRN no áudio. Ele acrescenta que tem peregrinado nas instâncias do
Governo, mas não está obtendo respostas satisfatórias, nem ações
concretas. “Reivindicamos principalmente as demandas vencidas e a
estruturação da corporação para melhores condições de trabalho”.
Para o subtenente Eliabe a situação é de
descaso. “Acordo feito é para ser cumprido”, reforça. Como destaque da
falta de cumprimento, em curto prazo, está o plano de manutenção de
viaturas, visto que, atualmente, não existe nenhuma ação de prevenção
nem verba destinada para a manutenção dos carros. “O Governo também
garantiu coletes, munições, equipamentos de salva vidas e até agora não
deu sinalização da efetivação. A última licitação para fardamento, por
exemplo, foi em 2015. Os policiais que hoje estão fardados tiraram o
custo do próprio bolso”, ressalta.
Conjuntamente, o vale alimentação
continua no valor de R$ 10. O Governo prometeu, no Acordo homologado
judicialmente, elevar para R$ 20. “Ainda há um detalhe: hoje só tem vale
alimentação para os policiais e bombeiros da capital. O pessoal do
interior não é contemplado com o vale alimentação. Reivindicamos para
todos”. Além disto, continuam rodando nas cidades viaturas em desacordo
com o Código de Trânsito Brasileiro, comprometendo a segurança dos
profissionais e da sociedade. “No Termo de Compromisso firmado, o
Governo do Estado pactuou que todas estas irregularidades seriam
sanadas”, nota o presidente.
“A categoria acreditou na palavra do
Executivo e retornou ao trabalho em regime normal, mesmo diante das
condições inadequadas de trabalho. Porém, até agora o Governo não
cumpriu com a sua parte. Nós temos a clareza que dos 25 itens, alguns
não podem ser resolvidos imediatamente, mas cobramos providências
principalmente em relação aos que já venceram: o pagamento do décimo
terceiro, o pagamento dos níveis remuneratórios do subsídio – que
deveria ter acontecido na folha de janeiro -, bem como o pagamento dos
retroativos de promoções que deveriam ter sido pagos também na folha de
janeiro”, destaca.
Segundo Eliabe Marques, o interesse maior
dos profissionais é continuar nas ruas defendendo a população como
merece e tem direito. “Os policiais militares estão fazendo a parte
deles, mesmo diante das condições adversas de trabalho. Tivemos recorde
de apreensão de armas e drogas, recorde em prisões de pessoas, e um dos
carnavais mais tranquilos dos últimos tempos. Tudo isto foi com muita
abnegação. Uma demonstração clara de compromisso com a população.
Portanto, precisamos de uma contrapartida do Governo, especialmente,
cumprindo com o que foi acordado em janeiro”, reitera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário