O inquérito da Polícia Civil concluiu que mulher que sofreu uma grave infecção respiratória não foi enterrada viva no município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia. A denúncia partiu de familiares da vítima, que abriram o túmulo onze dias após o sepultamento e disseram que o corpo dela foi encontrado revirado, com ferimentos nas mãos e testa.
O inquérito foi concluído no dia 7 de março e encaminhado à Justiça. Em entrevista ao G1,
o delegado Arnaldo Alves contou que foram ouvidas diversas testemunhas,
dentre elas o profissional de uma funerária, que refutou a informação
de que o corpo de Rosângela Almeida dos Santos estivesse revirado no
túmulo. "Ele constatou que o corpo estava do mesmo jeito do enterro".
Sobre o corpo ainda estar em relativo estado de conservação, o agente
funerário também contou que foi aplicado no corpo da mulher um litro de
formol, o que teria retardado a deterioração. Informações médicas também
apontaram que os antibióticos aplicados na paciente durante o
internamento e o tempo chuvoso favoreceram uma decomposição mais lenta.
O delegado Arnaldo Alves contou que indiciou no inquérito a mãe da vítima, Germana Almeida, que violou o túmulo após rumores de que vizinhos teriam escutado gemidos da sepultura.
A violação de urna funerária é um crime que está previsto no artigo 210
do Código Penal, com pena de reclusão de um a três anos.
No mesmo inquérito, o delegado sugere que o indiciamento seja
arquivado, devido ao estado psicológico da mãe após a perda da filha. A
decisão ficará por conta da Justiça.
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