A vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco, do PSOL, foi morta a
tiros no bairro do Estácio, região central da capital carioca, na noite
desta quarta-feira (14). Ela estava dentro de um carro acompanhada de
um motorista, que também foi morto, e de uma assessora, quando teria
sido abordada por outro veículo.
Uma ambulância do quartel
central do Corpo de Bombeiros foi acionada para o local e constatou a
morte da parlamentar e do motorista. A vereadora estava indo para casa
no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, voltando de um evento ligado ao
movimento negro, na Lapa.
A Delegacia de Homicídios está no local fazendo a perícia no carro da
vítima, atingido por vários tiros. Segundo informações preliminares da
Polícia Militar do RJ, que atendeu a ocorrência, a parlamentar e o
motorista, que não teve a identidade informada, foram baleados e
morreram no local. A assessora Fernanda Chaves sobreviveu ao ataque e
não teria sofrido nenhum tiro, segundo o Corpo de Bombeiros.
Marielle
voltava de um evento chamado “Jovens negras movendo as estruturas”, na
Lapa, quando, de acordo com testemunhas, teve o carro emparelhado por
outro veículo, de onde partiram os tiros.
Em nota, a Executiva Nacional do PSOL manifestou pesar pelo
assassinato da vereadora e destacou sua atuação política. “A atuação de
Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a
militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta”, diz um
trecho. O partido também exigiu apuração “imediata e rigorosa” sobre as
circunstâncias do crime.
Há duas semanas, Marielle havia assumido
relatoria da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para
acompanhar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Ela vinha se posicionando publicamente contra a medida.
A
parlamentar também chegou a denunciar, em suas redes sociais, no fim de
semana, uma ação de policiais militares na favela do Acari. “O 41º
Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e
violentando moradores de Acari. (…) Acontece desde sempre e com a
intervenção ficou ainda pior”, escreveu.
A PMERJ confirmou a
operação e argumentou que criminosos atiraram contra os policiais e
houve confronto. Durante vasculhamento na comunidade, dois homens foram
presos e houve apreensão de um fuzil calibre 7,62 mm e oito rádios
comunicadores, segundo nota da corporação.
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