O assassinato da vereadora carioca
Marielle Franco (PSOL), na noite dessa quarta-feira, 14, pode estar
ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto
de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação
pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra
essa população. O crime, que vitimou também o motorista que a levava,
mobilizou o governo federal: o ministro da Segurança Pública, Raul
Jungmann, telefonou para o interventor federal no Rio, general Walter
Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar na
investigação.
Há oito dias, Marielle, que acompanhava
na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir
abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades,
recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na
zona norte do Rio. Moradores contaram, na primeira reunião do
Observatório da Intervenção, no Centro de Estudos de Segurança e
Cidadania (Cesec), da Universidade Candido Mendes, que dois homens foram
assassinados por policiais e tiveram os corpos jogados num valão.
Segundo estes moradores, a PM vem se sentindo “com licença para matar”
por conta da intervenção.
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