No dia em que foi anunciada a morte do físico britânico Stephen Hawking,
aos 76 anos, que sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), o
Ministério da Saúde confirmou que investirá R$ 2,3 milhões para
encontrar novas alternativas terapêuticas para o tratamento da doença,
além de buscar melhorias na qualidade de vida dos pacientes.
A
ELA é provocada pela degeneração progressiva de neurônios motores,
responsáveis pelo controle da musculatura do corpo. Pacientes com a
doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda
de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo
respirar. Mesmo depois de 130 anos do primeiro diagnóstico, a cura da
doença permanece desconhecida. Apesar de rara, há atualmente no Brasil
14 mil pacientes diagnosticados.
O recurso anunciado pelo ministério é destinado à Universidade
Federal de Alagoas (Ufal) e será usado na construção de um laboratório
de pesquisas com células-tronco, que permitirá a investigação de outros
medicamentos que podem trazer resultados, além de identificar novos
produtos para os pacientes que sofrem da ELA.
Atualmente, o único tratamento disponível é o Riluzol, que age para diminuir o desconforto dos pacientes.
O
investimento do projeto é feito no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS). Desde 2009, o Ministério da Saúde, por meio do SUS, oferece
assistência e medicamentos gratuitos aos pacientes com ELA. Em 2014, foi
instituída a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com
Doenças Raras, incluindo a Esclerose Lateral Amiotrófica. No Brasil, 277
hospitais estão habilitados como Unidade de Assistência ou Centro de
Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia. Também é
garantida a oferta 44 procedimentos (clínicos e de reabilitação) para
doenças relacionadas à esclerose (múltipla e/ou lateral).
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