Estudo divulgado hoje (17) pela Fundação Getulio Vargas mostra que as
chances de o Brasil ser campeão na Copa do Mundo da Rússia são de 21%,
tendo a maior probabilidade entre as seleções concorrentes. Para chegar a
essa conclusão, a Escola de Matemática Aplicada da FGV (FGV EMAp)
desenvolveu um modelo matemático que analisa os dados dos últimos quatro
anos de todas as 207 seleções filiadas à Federação Internacional de
Futebol (Fifa).
O objetivo do modelo é estimar a força de ataque e defesa de cada
equipe. A partir desses parâmetros, a EMAp pode simular qualquer
confronto, disse à Agência Brasil o coordenador do estudo, professor
Moacyr Alvim. “Simular significa que a gente joga uns dados para ver
quem vai ganhar. Mas esses dados têm um viés relacionado à força de cada
time”, explicou.
Pela metodologia desenvolvida, todos os jogos da Copa do Mundo são
simulados até encontrar a probabilidade de vitória de cada equipe. “A
gente simulou um milhão de vezes e observou que, em 210 mil vezes dessas
simulações, o Brasil chegou em primeiro lugar, chegou como campeão. É
esse número que a gente descreve. Então, em 21% das simulações nossas, o
Brasil chega em primeiro lugar”.
Em seguida, vêm a Espanha, com 13%, enquanto a atual campeã, a
Alemanha, vem como terceiro em chances, com 11%. Moacyr Alvim informou
que já foram feitas previsões de todos os jogos da primeira fase da
Copa. Os resultados na primeira chave apontam que o placar será
favorável ao Brasil, que ganhará de 1 a 0 contra a Suíça, e de 2 a 0
contra a Costa Rica e a Sérvia, cada. Para o modelo matemático da EMAp,
esses são os resultados que geram menor surpresa, salientou Alvim.
O matemático admitiu que algumas surpresas podem acontecer durante o
certame. Por isso, à medida que as fases da Copa forem se sucedendo, a
FGV vai recalculando tanto a força de ataque e de defesa dos times,
quantto as probabilidades de o Brasil ser campeão. “No momento, a gente
está aguardando a primeira fase para poder atualizar os números”.
A matemática, entretanto, aponta apenas probabilidades e tem uma
margem de erro a se considerar. Na Copa anterior, ocorrida no Brasil, em
2014, o modelo matemático não conseguiu prever a derrota fulminante da
equipe canarinho para a Alemanha, na semifinal, por 7 a 1. Naquela
ocasião, o Brasil era também o favorito, com 28% de chances de levar a
taça, e não levou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário