A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de interromper um ciclo que queda
na taxa básica de juros não foi bem recebida entre as principais
entidades empresariais da indústria no país. A taxa foi mantida em 6,50%
ao ano, após um ciclo de 12 quedas consecutivas.
Em nota, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan) avaliou que a medida não foi acertada, já que a
inflação continua em queda e as projeções estão abaixo do centro da meta
estabelecida. “Além disso, os dados recentes indicam uma recuperação
econômica mais lenta do que o esperado, o que tem resultado em
sucessivas revisões para baixo das expectativas de crescimento do PIB".
Em tom mais contundente, a Federação Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), afirmou em comunicado que o "Banco Central joga contra o
Brasil ao manter a Selic em 6,5%". De acordo com a entidade, a
manutenção da taxa vai retardar a redução do custo do crédito. "Corremos
o risco de ver morrer a retomada da economia, num momento em que o
Brasil tenta sair de sua pior crise. O crescimento ainda é muito frágil –
e só vai ganhar força se ficarem em nível razoável os juros para quem
quer investir e consumir", afirma a Fiesp, em nota.
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