A Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) convocou paralisação
geral nacional a partir da próxima segunda-feira (21). A entidade cobra
do governo federal medidas para mitigar o impacto do aumento do diesel,
como a isenção de tributos. O anúncio foi feito ontem (18) em nota após o
governo federal não atender às demandas apresentadas.
"O aumento constante do preço nas refinarias e dos impostos que
recaem sobre o óleo diesel tornou a situação insustentável para o
transportador autônomo. Além da correção quase diária dos preços dos
combustíveis realizada pela Petrobrás, que dificulta a previsão dos
custos por parte do transportador, os tributos PIS/Cofins, majorados em
meados de 2017, com o argumento de serem necessários para compensar as
dificuldades fiscais do governo, são o grande empecilho para manter o
valor do frete em níveis satisfatórios", diz o comunicado.
No início da semana, a ABCam enviou ofício ao governo federal. Nele,
apontou que os caminhoneiros vêm sofrendo com aos aumentos sucessivos no
diesel, o que tem gerado aumento de custos para a atividade de
transporte. Segundo a associação, o diesel representa 42% dos custos do
negócio. Citando dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a
organização afirma que 43% do preço do diesel na refinaria vem do ICMS,
PIS, Cofins e Cide.
No documento, a entidade reivindicou a isenção de PIS, Cofins e Cide
sobre o óleo diesel utilizado por transportadores autônomos. A
associação também propõe medidas de subsídio à aquisição de óleo diesel,
que poderia ser dar por meio de um sistema ou pela criação de um Fundo
de Amparo ao Transportador Autônomo.
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