A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular lançou
campanha nacional para alertar sobre os riscos de se submeter à
escleroterapia, um tratamento comum contra varizes, sem o devido
acompanhamento médico. De acordo com o diretor da associação e cirurgião
vascular Francesco Botelho, muitas pessoas procuram profissionais não
médicos para fazer o tratamento, popularmente conhecida como
“aplicação”.
Ao buscar profissionais que não sejam médicos para tratar a doença, o
paciente “corre risco de sofrer consequências sérias”, segundo o
médico. “Pode haver complicações, que variam desde a insatisfação
estética com o resultado até ameaça à integridade física, trombose,
embolia pulmonar, gangrena, infecções e reações alérgicas graves”.
O médico disse ainda que mesmo antes de se submeter ao tratamento, é
importante passar por uma avaliação médica, porque apenas o especialista
pode indicar o procedimento adequado, depois de fazer um diagnóstico
correto do grau da doença. Há situações em que é necessário um
procedimento cirúrgico para resolver o problema.
De acordo com a sociedade, 35,5% da população brasileira têm varizes,
uma doença que pode gerar complicações como trombose, úlceras, dores e
inchaço.
A campanha também está alertando para outro tipo de tratamento,
chamado de ozonioterapia, que usa ozônio para lidar com as varizes. De
acordo com a associação médica, não há qualquer embasamento científico
sobre a eficácia ou segurança desse tipo de tratamento e o Conselho
Federal de Medicina, inclusive, já emitiu nota de repúdio ao projeto de
lei que autoriza a ozonioterapia.
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