O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que os imigrantes
venezuelanos acolhidos nos equipamentos públicos municipais estão sendo
atendidos com dignidade. “O Ministério Público [Federal] cumpre o seu
papel de fiscal da lei. Nós temos toda a tranquilidade de que o que saiu
na imprensa não tem nenhuma relação com o que acontece na realidade”,
disse ontem (20) em coletiva de imprensa.
Covas se referiu a pedido de explicação do Ministério Público Federal
(MPF) à prefeitura sobre as condições dos venezuelanos recebidos na
cidade. Baseado em informações divulgadas pela imprensa, o MPF diz que há suspeitas de que os abrigos têm diversas restrições que dificultam a vida e integração dos venezuelanos.
“O tratamento nos CTAs [Centro Temporário de Acolhimento] é como em
qualquer um dos CTAs, feito com a maior dignidade possível. As pessoas
discutem conjuntamente o que vai ter no CTA. Agora, é claro, tem horário
de entrada, de saída, como qualquer equipamento público municipal.
Temos tranquilidade de que o tratamento é o melhor possível”,
acrescentou o prefeito em relação às críticas sobre restrição de
horários.
Um venezuelano ouvido pela reportagem no CTA do Butantã disse que o
local tem bom atendimento, muita comida e bom trato com os imigrantes,
mas que há regras em relação aos horários. Jarvis Henrique, 24, que está
no Brasil há um ano e seis meses, chegou na capital paulista em março
deste ano após passar por Pacaraima (RR) – cidade que faz fronteira com a
Venezuela – e por Boa Vista (RR). “Se chega tarde [no CTA], não deixa
entrar. A comida, se chega tarde, tampouco. O banheiro é limpo, cama é
boa”, disse.
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