Dois gols em dois jogos. Melhor em campo em ambos. A feição de bravura,
e não de braveza, após concluir com precisão a mais importante das
finalizações da seleção brasileira em dois anos com Tite no comando.
Este é Philippe Coutinho, e, pelo menos enquanto Neymar não retoma as
condições ideais, é o protagonista da equipe na Copa do Mundo.
Ao mandar a bola por entre as pernas de Keylor Navas, já nos
acréscimos, o meia do Barcelona chegou a três partidas consecutivas da
Seleção com gols, um recorde em sua carreira. Mas não é só isso. Suas
atuações numa posição-função até então poucas vezes exercidas na Seleção
têm sido convincentes a ponto de “obrigar” Tite a mexer em Paulinho,
outrora intocável e líder em minutos jogados – agora ele divide o posto
com o goleiro Alisson.
Vale uma breve viagem no tempo. Em agosto de 2016, ao assumir o comando,
Tite estabeleceu a mais equilibrada das disputas por posição no lado
direito do ataque. Depois de dois jogos, Coutinho ganhou a posição de
Willian, mas vê-lo por dentro, e não na ponta, era um desejo antigo do
técnico, que teve tentativas frustradas de achar um armador.
Lesões do próprio Coutinho e de companheiros adiaram essa experiência,
mas valeu a pena esperar. O melhor jogador do Brasil na Copa do Mundo,
por enquanto, tem levado Tite a fazer alterações em seu entorno para
corrigir problemas, mas jamais em seu posicionamento, aparentemente
consolidado.
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