O comparativo entre a nova rodada da Pesquisa FIERN/Certus, aplicada
entre os dias 24 a 27 de agosto, e a anterior, aplicada entre os dias 21
e 25 de julho, mostra que a maior variação nos percentuais foi no
aumento da rejeição de Jair Bolsonaro. Em julho, 19,11% afirmavam “não
votar de jeito nenhum” em Bolsonaro.
Nesta pesquisa aplicada em agosto, a rejeição deste candidato foi de
26,66%. O aumento fica ainda maior considerando o eleitorado feminino.
Afirmavam rejeitar Bolsonaro 19,53% das mulheres e, nesta nova rodada,
da sondagem esse percentual de rejeição no mesmo universo foi para
30,74%.
Sempre considerando essas mesmas pesquisas de julho e agosto, a
rejeição de Luiz Inácio Lula da Silva foi de 9,13% para 11,3%; Geraldo
Alckmin de 5,02% para 6,59%; Ciro Gomes de 3,95% para 4,65%; Marina
Silva de 4,11% para 7,12%. Esses números mostram que, entre os
candidatos com percentuais mais significativos, todos tiveram um aumento
de rejeição, alguns com variação fora da margem e erro.
Os dados mostram também a migração de votos do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. O candidato mais beneficiado é Fernando Haddad,
também do PT, que fica com 11,49% das intenções de voto. Em seguida,
nesta análise, vem Ciro Gomes, que tem um ganho de 5,67 pontos
percentuais, indo de 4,61% (no cenário com Lula) para 10,28% no cenário
sem Lula; e Marina Silva que ganha 5,32 pontos percentuais, indo de
3,12% para 8,44%.
Mas há também expressivas migrações para o “não voto”, no cenário sem
Lula. A migração dos que respondem “Nenhum” é de 17,58% e dos que
respondem “não sabe” é de 5,11%. Os quadros com todos os percentuais
estão disponíveis na íntegra do relatório.
A PESQUISA
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os
números: RN-06196/2018 e BR-07862/2018. Foram realizadas 1.410
entrevistas domiciliares entre os dias 24 e 27 de agosto de 2018.
Público investigado: eleitores maiores de 16 anos residentes nas oito
regiões do estado do Rio Grande do Norte. Margem de erro: 3,0% para mais
ou para menos.

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